domingo, 9 de outubro de 2011

Cabreiro


Cabreiro
Não tenho sete vidas

Nem eu

E nem o gato

Puro misticismo.

É por isso

Que sou cabreiro

Desde a infância.


 

Ando sempre com cuidado

Não piso nunca em campo minado

E não gosto de jogar

Em terreno adversário

Prefiro campo neutro

Mesmo que a patroa

Seja fina estampa.


 

A única vez que quebrei a regra

Me dei mal muito mal

Tive que sair voando pela janela do terceiro andar

Sorte que ao lado tinha um barranco

Para amortecer a queda

A distinta dama era casada

Com um meganha de alta patente

E o pobre aprendiz de Don Juan não sabia disso...

Fiquei um mês na moita, cagando nas calças

Mas a coisa não progrediu

Acho que foi alarme falso

Mas pelo sim pelo não....

É melhor não arriscar de novo.


 

Formiga sabida

Não corta perto do formigueiro

Já dizia o sábio popular mineiro

Que inventou o aperitivo caipirinha

(Éta trem bão sô)

O tira-gosto bota setembro, pastel de fubá

Comeu o tico- tico no fubá

E deflorou todas as virgens de Shangri-la

Copyright© Tom Vital/27/07/2000

Um comentário:

  1. eh eh eh essa cena é massa: voando pro barranco, que lá vem meganha....

    só faltava o cara ser cruzeiro

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