Poema Imperfeito
O rei está nu
Mas não tenho guru.
Quem mandou jogar confete
Se era certo o desengano.
Água mole pedra dura
Tanto bate que faz barulho.
Eterno apenas o inferno
Infinito apenas o tempo.
Hoje acordei tão apressado
Que não tive tempo
De engraxar a botina
Nem dar um beijo na minha menina.
Dentro do ônibus eu vi aquela
Bela e frágil mulher...
Que um dia se apossou da minha cama
E do meu falo
E me deixou que era só pele,
Osso e um coração batendo.
Mas fingi não a reconhecer
E a mandei de volta
Para as paginas do velho Buk.
Tenho um porto seguro
Mas bom diabo que sou
Desde sempre
Tenho necessidade
De correr atrás de tempestade
E ventania
E se hoje pareço melancólico
Não é culpa do outono
Esse passou
Faz tempo
É que ontem a vida não
Sorriu pra mim.
Perdi um aconchego
Quando já estava pronto
Para o grand finale.
Mas ganhei um poema.
Um poema imperfeito
Mas a musa a poesia
É como uma mulher caprichosa
Pronta para amar
E quando ela vem
É preciso estar preparado
De braços abertos
E falo ereto...
Sim perdi um aconchego
Mas ganhei um poema
Mesmo posto
Que as palavras também fenecem
E a vida corre célere.
O rei está nu
Mas não tenho guru.
Copyright©Tom Vital/12/11/2010
Nem eu, nem eu!!
ResponderExcluirmeu guru é o vento
ResponderExcluirminha árvore, minhas lembranças, gurus
o rei nu, em itatiaia, bangladesh em istambul.
o rei nu, deus cru, olhos pros cus das meninas.
os decotes, os lábios, as pernas.....
o rei está nu, a cueca está ali no chão...
tom, esse poema é chinfra, véio. bom, very bom
ResponderExcluirabusei de sua casa e sampler-ei-te, acima. abraçoss