sábado, 28 de janeiro de 2012

Curta-Metragem



 


 


 

Curta-Metragem

 

Em face dos últimos acontecimentos

Queria me atirar no Ganges

Mas Vespasiano tem apenas

O Ribeirão da Mata

Onde nadam pacas, onças

E capivaras.

E o barbeiro Enéias pesca

Enormes dourados.


 

Tenho muitos amigos

Mas estão todos no inferno

Quem precisa de amigos no céu?

Queria ser Homero

E cantar nosso amor

Em ilíadas e Odisséias

Queria ser Jesus e ressuscitar

No terceiro dia

Só para brincar mais um dia

De carnaval.

©Tom Vital/2009

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vada A Bordo,Cazzo!


Vada A Bordo, Cazzo!
Tive uma semana intensa
De muita emoção
Sem tempo de ligar a televisão
Daí esse quase poema em forma de oração
E de muita gratidão às chechênias
Que movimentaram minha semana
E não deram sossego ao "Nossa Amizade"

 

Menos o "Nossa Amizade" que não estava no Canadá

Pois estava brincando na chechênia

De Sônia

Viu... Viu o quê?

Evoé Baco!

Menos o "Nossa Amizade" que não estava no Canadá

Pois estava brincando na chechênia

De Sandra

Viu... Viu o quê?

Evoé Baco!

Menos o "Nossa Amizade" que não estava no Canadá

Pois estava se divertindo na chechênia

De Lisandra

Viu... Viu o quê?

Evoé Baco!

Menos o "Nossa Amizade" que não estava no Canadá

Pois estava fazendo festa na chechênia

De Julieta

Viu... Viu o quê?

Evoé Baco!

Menos o "Nossa Amizade" que não estava no Canadá

Pois estava apagando o fogo da chechênia

De uma desconhecida

Viu... Viu o quê?

Evoé Baco!

Viu... Viu o quê?Caralho.
Eu não sei responder a essa pergunta?

Pois também não vi nada

Pois nesse momento não era o "Nossa Amizade"

Que não estava no Canadá

Quem brincava na chechênia

De Camila. Ah!Camila...

(Dezoito anos de muito amor pra dar)

Enquanto a boca de Camila Corleone

Brincava no "Nossa Amizade"

Era a minha língua mesmo

Que fazia a festa,

Na chechênia de Camila,

A colheita da uva.

Que fazia chover

Doce e gostosa chuva de janeiro

No meu rosto,

Que viu a luz do mundo

Pela primeira vez

Num vigésimo segundo dia

De fevereiro, há muitos

E muitos carnavais.

Volte a bordo, caralho!

Ordenou a chechênia

De Camila quando

A minha língua

Deu uma escapadinha.

Evoé Baco!

Mas como é de praxe,

Depois de quase uma hora
De trabalho,doce trabalho.
Cedi a vez ao "Nossa Amizade"

Que estava faminto...

Evoé Baco!

Mas um amigo meu que leu o poema

No blog

E está sempre ligado

Nas banalidades

Da mídia tupiniquim.

Liga-me... Grande Amigo!

E me diz que a resposta é:

Não viu a volta de Luiza

Que estava no Canadá.

Ju deu

Cana dá

Então Luiza...

Evoé Baco!

Mas na minha lista de conquistas

Não consta nenhuma Luiza

A única Luiza que eu conheço

É a bela música de Chico Buarque, Tom Jobim

E Vinicius de Moraes: Luiza

E o poema Desaparecimento De Luisa Porto

De Drummond.

Volte a bordo, caralho!

Evoé Baco!

Mas a agora celebre frase:

"Vada a bordo, cazzo!"

Do marinheiro italiano

Gregorio De Falco

Não é nenhuma banalidade

E até parece que está redimindo a Itália

Pós-Berlusconi.

Evoé Baco!

E que venha o carnaval

Sou Arlequim

Poeta maluco

Apaixonado por Colombina

Miss Colômbia

Catalina Robayo

(E que robalo!)

Também já fui apaixonado

Por outra colombiana

Mas essa não é de bom tom

Confessar em público

Quero folia, todo dia

Evoé Baco!

Copyright©Tom Vital/22/01/2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Estranho Gozo


Estranho Gozo
Quando escrevo um poema

Na primeira pessoa

Tenho a nítida sensação

De ser um ilusionista

Que se ilude com o próprio número.

Então porque será? Que continuo

A escrever na primeira pessoa!

É que... Deixa pra lá...

Explicação demais estraga o poema!

Só sentia solidão quando batia:

"Uma puneta."

Como diz um amigo meu

Lá dos grotões aqui das Gerais.

Bater "puneta" me causa asco

É como se estivesse agredindo

Violando o próprio corpo.

Deve ser por isso que essa noite

(Após uma semana sem uma companheira)

Ejaculei durante o sonho

E os diamantes ejaculados

Foram diretos para a cova profunda.

Profana xana

Da prostituta de Babilônia.

A mulher milenar de cabelos brancos

Caquética esquelética e purulenta.

A mulher de púrpura da Bíblia.

E larvas e vermes subiram

Pelo meu saco

Enquanto a distinta dama

Passava aquela língua murcha

E ácida pelos meus lábios...

Acordei! Mas já era tarde

Estava todo molhado

A calça (do meu terno) de linho branco

Presente de Ano Novo, manchada.

Mas é melhor bater uma "puneta"

Que transar com tal criatura.

Copyright©tom vital/14/01/2012

sábado, 14 de janeiro de 2012

O Bacanal


O Bacanal
Naquela noite dei mais tiros

Que Durango Kid.

Naquela noite bebi sozinho

Duas garrafas de absinto.

Naquela noite ejaculei diamantes.

Diamantes aditivados...

Que foram colhidos

Por bocas vermelhas

E ávidas

De jovens... Ninfas...Ninfetas, famintas...

Loiras,ruivas,morenas,e deusas negras
Que me atacaram

O falo...

E depois saíram para a rua

Para distribuir a preciosa dádiva

De boca em boca,

Para a turba eufórica

Que festejava o último dia de Carnaval

E cantava ALEGRE:

JÁ BEIJEI UM

JÁ BEIJEI DOIS

JÁ BEIJEI MIL E UM

E QUERO BEIJAR MAIS UM!

E nunca mais meus diamantes

Foram tão disseminados.

Copyright©Tom Vital/14/01/2012

domingo, 8 de janeiro de 2012

Finados

Finados


 

Enterro os meus mortos profundamente

Trago uma urna funerária

Dentro do peito

Onde enterro os meus mortos

Profundamente... Profundamente...

(Visitando-os apenas em ocasiões solenes)

E procuro aproveitar a vida intensamente.

Meu ser é muito frágil

Para carregar fardos inúteis.


 

Não tenho medo da morte.

Temo a velhice:

Ficar um velho chato senil

E carregar fardos...

Inúteis lembranças

Viver de sombras do passado

Até meu ser se findar.


Isso não quer dizer

Que eu não tenha respeito

Não tenha carinho pelos velhos

Muito antes pelo contrário

Só espero não ficar centenário.

Copyright©Tom Vital/02/11/2011

domingo, 1 de janeiro de 2012

Amaranthus


Amaranthus.
Primeiro dia do ano

Domingo de chuva em Vespasiano.

Preso em casa escuto o Amaranto.

Não tenho dores de cabeça

Nem incômodos estomacais

Cachaça boa é como

Uísque bom, não causa ressaca.

Mas tenho sede demais

Bebo caipirinha e cerveja

E curto as meninas do Amaranto

No programa Sr. Brasil.

Do inigualável Rolando Boldrin.

Minha fada está na cozinha

Preparando com as sobras mil

De ontem, a gororoba de hoje

Desse primeiro domingo de 2012

Embriago-me para evitar a ressaca

Não sou um vira casaca

Tenho opinião própria

E respeito quem respeita

Minhas opiniões, mesmo

Que não concorde com elas.

E tem mais dizem que o amaranto

Ajuda a combater o colesterol ruim

Não tenho problema com colesterol

Mas é sempre bom prevenir.

Vou bebendo e beliscando um

Tira gosto aqui outro ali

E curtindo as meninas do Amaranto.

Diabólica para a agricultura genética

Mas planta sagrada para os Incas

O amaranto desafia a gigante Monsanto...

Então vamos curtir a música do Amaranto

Das afinadas meninas do Amaranto.

Música contra a pasmaceira

O mau humor e o colesterol.

Nesse primeiro domingo de 2012

Domingo sem sol.

Vou curtindo essa meninada mineira

As meninas do Amaranto

Terminado o Sr. Brasil

Pulo para a internet e continuo

Curtindo as meninas do Amaranto

www.amaranto.com.br

Trem bão demais.

A chuva continua caindo

Implacável derretendo tudo...

E vou bebendo minha cerveja

Minha caipirinha e comendo

O torresmo de barriga

E curtindo as meninas do Amaranto

Nessa chuvosa manhã de domingo.

Copyright© TomVital/01/01/2012